O GOSTO CAIPIRA, NASCEU...

...DA NECESSIDADE DE CRIAR UM ESPAÇO,MAIS ESPECÍFICO VOLTADO PARA CULTURA DA MINHA REGIÃO E QUE NÃO DEIXA DE SER, UMA HOMENAGEM VOLTADA AO HOMEM DO CAMPO, QUE LIDA COM A TERRA.

POVO SIMPLES PORÉM, COM UMA RIQUEZA HISTÓRICA GRANDE, ATRAVÉS DOS SEUS HÁBITOS,COSTUMES SEUS CONTOS E CAUSOS APRENDEMOS MUITO.

SOU APAIXONADA PELA SIMPLICIDADE DESSE GENTE NO QUAL FAÇO PARTE.

HOJE, SABEMOS QUE AQUELA IMAGEM DO CAIPIRA MUDOU MUITO,NÃO PODEMOS MAIS TER AQUELA IMAGEM CARACTERIZADA PELO PERSONAGEM MAZZAROPI, RETRATANDO O HOMEM CAIPIRA.

APESAR DO ESTEREÓTIPO DO CAIPIRA TER MUDADO, A RIQUEZA HISTÓRICA É PRESERVADA E É ISSO, QUE EU QUERO ENFATIZAR NO "GOSTO CAIPIRA" .

O GOSTO, O PRAZER PELA COMIDA FEITA NO FOGÃO DE LENHA, COMO A ARROZ CARRETEIRO, A FAMOSA GALINHADA PREPARADA NA PANELINHA DE FERRO, O FEIJÃO GORDO E AQUELA MANDIOCA AMARELINHA COZIDA, O CAFÉ MOIDO NA HORA, PASSADO NO COADOR DE SACO DE PANO! SÃO COISAS SIMPLES E QUE SENTIMOS GRANDE PRAZER!

O RITUAL DE FAZER O PÃO, SOVAR A MASSA, AS
ROSCAS... TEM MUITA COISA BOA!
OS OBJETOS ANTIGOS,
OS MÓVEIS RÚSTICOS,, OS CARROS DE BOI QUE AINDA MUITA GENTE USA, OS CAUSOS , MÚSICAS E POEMAS QUE RETRATAM A BELEZA DA NOSSA FAUNA E FLORA.

ESTE ESPAÇO É PRA SABOREARMOS DE TUDO UM POUCO, ELE SERÁ BEM VOLTADO PRO "GOSTO CAIPIRA"


AGRADEÇO PRIMEIRAMENTE A DEUS POIS,
SOU CRISTÃ HÁ QUASE 20ANOS E NÃO FAÇO APOLOGIA A MÚSICAS OU COSTUMES QUE NÃO EXPRIMEM A VONTADE DE DEUS.
"NO GOSTO CAIPIRA" QUERO ENFATIZAR, A FAUNA , FLORA E OS TALENTOS QUE ELE DEU A TANTOS MÚSICOS PARA CANTAR A CRIAÇÃO DE DEUS
"A NATUREZA"

SEJAM TODOS BEM-VINDOS, AO "GOSTO CAIPIRA"

ESTE ,É UM PEDACINHO DE MIM, E QUE FAÇO QUESTÃO DE COMPARTILHAR COM CADA PESSOA QUE FIZER PARTE DELE!

UM ABRAÇO FORTE!


ROSANA.










ARRUMANDO AS TRALHAS

ARRUMANDO AS TRALHAS

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

"A LIDA DOS TROPEIROS" - RECEITINHA DE PAÇOCA DE CARNE -SECA

TROPEIRO
       

Aos 72 anos, Ocílio José Azevedo Ferraz é um apaixonado pela rica cultura popular do Vale do Paraíba, região abraçada por belas serras no interior paulista e que faz divisa com dois estados, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Escritor (seis livros publicados), sociólogo, é o ofício de cozinheiro, porém, que o faz realizado e feliz.
A diferença de Ocílio em relação ao modismo de parte da culinária que frequenta as rodas atuais está no casamento perfeito que ele faz entre a comida e a história do povo simples.
Como os nômades tropeiros do ciclo aurífero, que saíam de Diamantina, MG, no século XVIII, com ouro e prata no lombo de burros e faziam parada nos então ranchos erguidos para recepcioná-los. Depois rumavam para o porto de Paraty, no Rio de Janeiro, onde as pedras preciosas eram embarcadas rumo à Europa. Esse roteiro é conhecido por Trilha do Ouro.

E Todos eles admiravam a paçoca de carne-seca salgadinha ou o franguinho caipira fácil de preparar, de carregar pelo caminho e muito saboroso.Para os tropeiros, a comida tinha de ser seca e durável, já que as viagens eram longas.


O franguinho colocado pelos nômades nos alforjes antes de pegar a Trilha do Ouro, entre Ouro Preto, MG, e Paraty, RJ
“As tropas que traziam o ouro vinham com dez, 20 burros. Antes das estradas de ferro, e muito antes dos caminhões, o comércio em geral era feito pelos tropeiros e suas mulas. Eles apeavam nos pequenos povoamentos ao longo da jornada para descanso, troca de burros, compra de mercadorias e para comer. Os mineiros, por sinal, deixaram por herança um prato que virou símbolo: o feijão tropeiro. As misturas pedidas para acompanhar o feijão, seja dos que vinham das lavras das Gerais ou de outras direções, eram o frango e a carne-seca”, relata Ocílio. Segundo ele, os viajantes se fartavam, ouviam música e depois desapareciam novamente nas montanhas com a matula (comida) devidamente acomodada nos alforjes. “Pelas estradas, ao reacender a fome, os homens estendiam folhas de bananeiras sobre cestas de taquara, colocavam sacos alvinhos por cima e amoleciam a comida em água quente.”


        “As comitivas passavam por aquela trilha ali”, aponta Ocílio para um caminho de roça e terra batida, quase à porta do restaurante Fazenda do Tropeiro, de comidas regionais, que ele mantém em Silveiras, um centenário e mítico ponto de passagem das tropas. “Silveiras de rancho virou um vilarejo e depois cidade. Isso ocorreu com diversas outras localidades do Vale do Paraíba. Eu costumo dizer que todo vale-paraibano tem ramificações nessas comitivas de gente audaciosa.” Um dos antepassados de Ocílio, por sinal, Anacleto Ferreira Pinto, era comprador de burros em Sorocaba, SP. “Ele trazia centenas - uma vez vieram 400 animais - e esperava as tropas aqui em Silveiras para fazer negócio. Isso faz do tropeirismo minha essência.” Em Silveiras, formou-se então um centro de serviços (havia 16 ranchos) com celeiros, ferreiros, cesteiros, cangalheiros, trançadores de couro, domadores, catadores de ferraduras. Era uma efervescência só.

Quem registrou a vida errante e sofrida do tropeiro em suas obras foram o escritor Monteiro Lobato, nascido em Taubaté, e o grande Mazzaropi, que adotou como sua a mesma cidade. Taubaté é considerada por Ocílio a fonte irradiadora da cultura e dos hábitos seculares dos habitantes do Vale do Paraíba.

A carne é cozida na panela (de preferência, em fogão a lenha) e depois desfiada ainda quente para compor a paçoca
Paçoca de carne-seca
 
Serve: 5 pessoas | Tempo de preparo: cerca de 1 hora | Dificuldade: média
Ingredientes
400 g de carne-seca picada
1 xícara e meia de cebola picada
3 dentes de alho
2 tomates
1 xícara de farinha de milho ou de mandioca
½ xícara de pimentões
2 colheres de óleo de milho ou de soja
sal e salsinha a gosto
água

Como fazer
Coloque a carne-seca de molho num recipiente com água fria, trocando-a a cada quatro horas, por três vezes, para retirar o excesso de sal. Depois, numa panela, cozinhe a carne na água (o suficiente até cobri-la em fogo médio) por dez minutos, ou até ferver. Desfie ainda quente. Enquanto isso, refogue a cebola, o sal e o tomate no óleo e acrescente o pimentão. Junte a carne desfiada. Coloque a salsinha e transfira a mistura para um pilão e soque com a farinha até obter a farofa.
 
 
O franguinho caipira é um dos pratos mais requisitados no restaurante do Ocílio. Leva banha de porco, dentes de alho, calda de limão, pimenta-do-reino, cebola e é caprichosamente cozinhado no fogão a lenha pela dona Francisca, uma auxiliar antiga e delicada. Quando sai do fogo, é adicionada farinha de milho ou de mandioca. “É do gosto de cada um a escolha de uma ou de outra farinha.”


 O restaurante serve ainda, entre outras delícias típicas, paçoca de carne-seca, arroz com urucum, carne à moda da Bocaina (serra que a tropa percorria antes de chegar ao Rio de Janeiro), frango à moda dos moreiras, afogado, mocotó cozido, arroz com pato e pato com pitanga. Cada prato tem sua história – que é contada por Ocílio.

       
        O livro mais conhecido de Ocílio, que é titular da cadeira 17 da Academia Brasileira de Gastronomia, leva o título de São Paulo – Caminhos da colonização: viagem de tropeiros entre serras. Nele, o cozinheiro historiador mostra que grande parte das famílias do Vale do Paraíba é da árvore dos tropeiros. A trilha do ouro trouxe viajantes de Minas Gerais e muitos se radicaram por lá. Mais tarde, com a decadência da mineração, foi a vez de o “ouro verde”, o café, expandir-se pelo Vale do Paraíba e por Minas Gerais. O ciclo do café também entrou em inexorável declínio.
 
MATÉRIA- EXTRAÍDA DO GLOBO RURAL NOTÍCIAS

3 comentários:

rose japan disse...

hummmm ai essas comidinhas deliciosas...
bjs rose jp

rose japan disse...

Oi dona rosana a senhora ganhou um selinho colocar no seu blog é um premio dos melhores blogueiros passe la no meu site que tem as regrinhas, escolhi a senhora, pois acho lindo o seu blog..é para pessoas que ainda tem menos de 200 seguidores, e uma forma de torna-lo conhecido entre os amigos blogueiros...
Bjs rose jp

Virginia Maria de Jesus Fassarella disse...

Ro, que delícia, pena que o meu triglicerídeo está um pouquinho alto. Assim que melhorar vou provar. Beijos.

Cowboys e Cowgirls

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